Stella Blómkvist (2017)

Quem me conhece sabe que eu sou aquele tipo de pessoa que adora consumir conteúdo de países diferentes, tipo Bordertown (Netflix) e O Degelo (HBO). Embora eu assista a várias séries americanas, eu gosto de garimpar, digamos assim, e fazer achados - risos. Com essa série foi exatamente isso que aconteceu. Vi a sugestão em um canal do Telegram e lá fui eu pesquisar e achei para assistir na Globoplay. Mesmo que não seja uma série policial padrão U.S.A, vale a pena conhecer produções estrangeiras que tentam criar conteúdos interessantes.

Título Original: Stella Blómkvist
Criação: Óskar Thór Axelsson
País de Origem: Islândia
Gênero: Drama Policial
Duração: 12 episódios - 52 min
Ano de Lançamento: 2017

Stella Blómkvist (Heida Reed) é uma advogada implacável e astuta que tem uma moral um tanto quanto questionável. Ela é conhecida por assumir casos de assassinatos misteriosos e muitas vezes perigosos agindo mais como uma detetive investigativa do que como advogada, além disso, ela não age como uma grande defensora da moral e dos bons costumes, até porque se estão pagando bem que mal tem? A série em estilo noir é baseada em uma série de livros de oito romances policiais de grande sucesso e aclamação internacional assinados sob o pseudônimo da personagem, que quando estreou na Islândia, em 2017, teve mais audiência do que a aclamada The Handmaid's Tale (Star+ e Paramount).


A série foge um pouco do estereótipo da mulher investigadora que tem um trauma romântico, como em Mare of Easttown, que precisa superar algumas problemas do relacionamento que viveu e por isso transpassa uma imagem de frieza, amargura e distanciamento. No entanto, em situações em que está correndo perigo, Stella tem flashbacks de seu passado, com cenas da infância em que ela vê uma mulher sendo agredida por um homem, enquanto ela está confinada em um cubículo. Não fica claro se o homem e a mulher são os pais de Stella, porque nada é revelado durante a primeira temporada da série [e eu ainda não vi a segunda temporada, quem sabe esse mistério não é revelado?].


Um ponto interessante da série tem relação com o protagonismo feminino e Heida brilha dando vida à protagonsita. Stella tem uma melhor amiga, Gunna (Kristín Þóra Haraldsdóttir), que é uma excelente hacker e está sempre disposta a ajudá-la em algum novo caso, e toda a trama política se desenvolve como um jogo de xadrez nas mãos da ministra do interior, Dagbjört (Sara Dögg Ásgeirsdóttir), que faz de tudo para conseguir derrubar o primeiro-ministro corrupto, Sverrir (Jóhannes Haukur Jóhannesson). Além disso, a naturalidade com que a personagem tem sua sexualidade retratada é bastante interessante, já que em nenhum momento ela é julgada ou censurada por ser uma mulher independente e muito bem resolvida. Outro ponto positivo da série é a fuga do estereótipo dos cenários tão presentes em produções escandinavas, fugindo dos tons frios e sombrios e embarcando em tons neons e minimalistas para dar ritmo ao enredo.


A série tem apenas seis episódios, tanto na primeira quanto na segunda temporada, e cada temporada é dividida em três partes. Cada parte conta um caso em que Stella está trabalhando, tendo como pano de fundo a polícia corrupta e os jogos de poder dentro do ministério. Não é à toa que todos os casos se relacionam de alguma forma com a política islandesa e Stella mergulha de cabeça para tentar desvendar cada mistério. É nessa atmosfera que se desenvolve a série, que nos apresenta uma personagem nada ortodoxa, que leva, muitas vezes, uma vida irresponsável e regada de maus hábitos. Se você gosta de uma história policial regada a whisky, cigarro e saltos altos enfiados no rosto de vilões, então essa recomendação é para você. Apenas um adendo, não é uma série indicada para assistir na sala com a família - risos. [Disponível no Globoplay].

Nota: ⭐⭐⭐⭐

Comentários


  1. Particularmente goosto dessas séries que tem um protagonismo feminino contundente!

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    1. E essa série é muito boa. Bem curtinha e com uma protagonista fodona... Vale muito a pena...

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