Omoi, Omoware, Furi, Furare (2015)

Para quem ama um romance shoujo que envolve vida escolar e muito romance fofo, eis o mangá perfeito para isso. Eu sou suspeita para falar, mas uma coisa que eu aprendi nessa vida de otaku é que nunca julgue um mangá pela capa ou pelo título e Sakisaka Io tem um dom muito interessante de transformar narrativas simples em histórias envolventes e sensíveis...

Título Original: 思い、思われ、ふり、ふられ (Omoi, Omoware, Furi, Furare)
Roteiro/ Arte: Sakisaka Io
Gênero: Comédia, Drama, Romance, School Life, Shoujo
Mangá: 12 volumes (2015) / Licenciado pela Panini (2021)
Filme: Animação (2020)

Yuna e Akari têm visões muito diferentes do amor: enquanto Yuna vê o amor como um sonho, Akari é mais realista e meio cética. Em contrapartida, há dois garotos, Kazuomi e Rio, que também têm pontos de vista diferentes do amor: Kazu-kun é um pouco devagar para entender o conceito de amor, enquanto Rio se importa com a beleza exterior. Será que esses quatro vão conseguir alcançar o objetivo de serem felizes mesmo diante de tantas diferenças?


A priori, Yuna e Akari parecem duas amigas improváveis, mas, ironicamente, as duas se tornam grandes companheiras, embora tenham posicionamentos diferentes no que diz respeito ao amor, as duas vão descobrindo aos poucos que o amor não é tão ruim ou tão bom assim. Vale salientar que a Yuna nunca se apaixonou por ninguém e idealizar o amor ocorre de maneira mais fluida, diferentemente do que acontece com Akari, que por já ter namorado, sabe que nem tudo é um mar de rosas.


Yuna se apaixona por Rio, irmão de Akari, e se esforça bastante para ser amiga dele, mesmo depois de ser rejeitada por ele após se declarar. Mas a questão é que Rio gosta de uma garota "inalcançável", o que faz com que aceite namorar qualquer garota bonita que se declare para ele. Enquanto isso, o despreocupado Kazuomi não pensa em namoro nem nada disso, suas preocupações são outras: não decepcionar os pais como o seu irmão mais velho fez. Embora pareça despreocupado, Kazu vive um dilema interno sobre fazer o que os pais querem ou seguir o seu sonho.


Apesar de seguir alguns clichês comuns em shoujo, como mal entendidos que fazem os mocinhos demorarem anos-luz para ficarem juntos ou não entregar o chocolate para o amado no dia dos namorados etc., Omoi, Omoware, Furi Furare é uma história super gostosa de se ler. A Yuna parece ingênua e romântica, mas ela é adorável. No entanto, eu confesso que gostei muito mais da Akari e senti que em alguns momentos ela não aparecia tanto, uma pena, porque ela é uma personagem maravilhosa e eu torci pacas para ela e o Kazu se acertarem.


Vale salientar que apesar do romance e de um certo melodrama, há alguns temas interessantes. O arco do Kazu tendo que decidir entre atender as expectativas dos pais e seguir seu sonho de trabalhar com cinema evidencia o quanto é forte a pressão da família sobre o futuro dos jovens. Não apenas no Japão, mas, sobretudo, no Japão. Outro ponto interessante, é ver como a Akari toma algumas atitudes maduras, mesmo que acabe aceitando obedecer a certas situações sem contestar. E quando ela percebe que não precisa aceitar tudo, sua relação com a mãe, com os antigos colegas e com Rio melhoram significativamente.


Os dois casais são muito fofos juntos. A Yuna e o Rio começam a namorar depois de um certo tempo e ambos vão aprendendo a como lidar um com o outro. Já Akari e Kazuomi foram o casal que eu mais shipei e eu quase tive um treco quando o antigo ex-namorado dela apareceu. Mas ainda bem que a Sakisaka Io não fez a Akari ter uma recaída, eu ficaria muito chateada. No mais, é isso, pessoal. Esse mangá é super gostoso, fofinho, com traços belíssimos, uma narrativa fluida, personagens cativantes, enfim... um típico shoujo escolar que vale a pena ser lido, afinal, o que poderia dar errado numa história da Sakisaka Io? (risos).

Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐

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