Yes or No: So, I Love You (2010)

E para trazer uma sugestão de filme LGBTQIA+ no mês da visibilidade, eu resolvi resgatar essa comédia romântica tailandesa super fofinha. Apesar de não conseguir me acostumar com o tailandês, valeu a pena do início ao fim assistir a esse Thai-Movie. Há momentos super engraçados, fofos e dramáticos... Afinal, é um drama, né? Qual seria a graça se não tivesse momentos dramáticos de arrancar lágrimas da gente?


Título Original: อยากรักก็รักเลย (Yak Rak Loey) 
Direção: Sarasawadee Wongsompetch
Roteiro: Nepalee
País: Tailândia
Gênero: Comédia, Drama, Romance
Duração: 102 min
Ano de Lançamento: 2010

Pie (Sushar Manaying) acaba de se mudar de quarto, alegando não suportar a convivência com a antiga colega, por esta ser cheia de "frescuras", entretanto, após chegar ao novo quarto e de tomar um banho para relaxar, ela conhece Kim (Supanart Jittaleela), uma tomboy que irá dividir o quarto com ela. Mesmo demonstrando resistência a nova colega, as duas vão se tornando amigas e junto com essa amizade surge uma grande dúvida entre as duas: é apenas amizade ou é algo mais?


Yes or No: So, I Love You é um dos primeiros filmes tailandeses que tratam de um relacionamento homoafetivo entre duas mulheres. Pie é a típica patricinha que sempre teve quase tudo na vida, vinda de família tradicional, espera-se que ela tenha um namorado e atenda as expectativas da família. Quando ela conhece Kim, surge em cena vários preconceitos que Pie passou a vida aprendendo e internalizando. O estranhamento, a priori, faz com que Pie queira ficar distante da colega de quarto. O estilo de Kim, aparentando ser uma garota nada feminina, fugindo do estereótipo que se espera de uma mulher, é, na verdade, o que ela aparenta ser externamente, porque à medida que as duas vão se conhecendo, Pie percebe que Kim é uma garota super sensível e gentil; além disso, apesar do que aparenta ser, de frágil a Pie não tem nada. É o típico ditado: quem vê cara, não vê coração.


Ultrapassada a barreira do estranhamento e do preconceito, as duas vão percebendo que o que elas aparentam ser externamente não passa de simples aparência, já que a personalidade de cada uma delas é bem diferente uma da outra. Além disso, a convivência mútua vai transformar a relação das duas em algo muito mais forte, a ponto de elas se questionarem se é só amizade ou se elas estão realmente apaixonadas uma pela outra. E isso acontece de modo gradual e muito fofo. Não há nenhuma sexualização da relação entre elas e nem é esse o foco do filme. O romance beira de fato o viés romântico e até mesmo idílico. A química das atrizes é maravilhosa e faz você torcer pelas duas do início ao fim.


O sucesso do filme foi tão grande que, em 2012, dois anos depois do lançamento de Yes or No: So, I Love You, foi lançada a continuação, Yes or No 2: Come Back to Me, em que a história se passa depois de três anos. Nesse ínterim, Pie e Kim vão estagiar em lugares diferentes com as profissões que escolheram, Kim escolheu a agricultura e Pie a pescaria. Sendo assim, elas enfrentam o primeiro grande desafio do relacionamento delas: a distância. Será que o amor pode resistir às intempéries do destino? É possível um relacionamento a distância dar certo? Nos dois filmes, há o surgimento de uma terceira pessoa cuja única função é fazer raiva em quem está assistindo. Tanto a Jane (Arisara Thongborisut), do primeiro filme, quanto a Jam (Apittha Khlaiudom), do segundo filme, aparecem ou para atrapalhar o casal principal ou para trazer insegurança e indecisão para as protagonistas, respectivamente.


Apesar do sucesso de ambos os filmes, confesso que eu prefiro o primeiro. O segundo filme traz uma nova perspectiva do relacionamento entre a Kim e a Pie, enfatizando que o fator distância pode contribuir para que as pessoas tomem decisões erradas, motivadas pela solidão e pela saudade. Ao menos, a continuação sugere que, diferentemente de tantas produções envolvendo casais LGBTQIA+, Kim e Pie continuaram juntas e construíram um relacionamento durante três anos. O que sabemos que acontece naturalmente no mundo real, pessoas se conhecem, se apaixonam, namoram e pode ser um relacionamento longo ou curto. O filme 2 traz uma perspectiva de que as coisas boas podem sofrer algum abalo, mas que ainda é possível existir um final feliz. No entanto, no segundo filme, as chances de passar raiva são muito altas, mas vale muito a pena conhecer essa produção asiática. Vale ressaltar que existe um outro filme, Yes or No 2.5: Love You, Baby, mas não é uma continuação da história de Kim e Pie e, desse filme em particular, eu não gostei muito, no entanto, fica a sugestão para os curiosos - risos. Até a próxima!!

Nota: ⭐⭐⭐⭐

Comentários

  1. O amor pode florescer em qualquer lugar basta estar pronto.

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    1. Exatamente...o amor não tem hora e nem lugar para chegar, ele apenas acontece...

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