Sabe aqueles dias em que você está tão entediado que não consegue sair da frente da TV? Meu irmão estava assistindo ao filme A Colheita do Mal (1984), não sou fã de filmes desse gênero, mas por estar tão entediada, acabei me juntando a ele para assistir. Por ser um filme dos anos 80, não preciso nem dizer que os efeitos especiais são bem toscos, mas taí uma coisa que a gente nunca deve dizer... Comparando esse filme ao que eu vi na TV, mesmo sendo de 2012, o de 2012 conseguiu ter efeitos especiais mais terríveis que o de 1984, o que acabou dando um tom extremamente negativo à história. [Pode conter spoiler].
Título Original: Seattle Superstorm
Direção: Jason Bourque
Roteiro: David Ray; Jeff Renfroe
País de Origem: EUA
Gênero: Ação, Ficção Científica
Duração: 95 min
Ano de Lançamento: 2012
Sou fã inveterada de ficção científica, talvez um dos maiores motivos que me fez ver esse filme até o fim. Infelizmente, os efeitos especiais são péssimos, o que como eu já antecipei, enfraquece a temática do roteiro, que é boa. Apesar de colocar novamente a Rússia como inimiga nº 1 do mundo, a história do filme gira em torno do perigo que armas bioquímicas podem causar, como por exemplo, a extinção do planeta.
É sob esse tema que o filme trata. O que eu achei interessante, visto que sabemos sem precisar de confirmação que existem experimentos em laboratórios que criam diversas armas químicas e/ou biológicas. Em Super Tempestade de Seattle, a tal arma química encontrava-se isolada no espaço, entretanto, o que a priori foi tratado por todos como um meteorito que se chocou com a Terra, o míssil/foguete contendo essa arma acaba caindo na baía de Seattle.
Nada muito criativo. Algumas críticas precisam ser feitas, deixando claro que além dos efeitos toscos e mal feitos, muito mal feitos, achei super desnecessária a morte de alguns personagens. Personagens esses que tinham nítidas chances de se salvarem. Um exemplo que posso citar é a do agente Ben (Matty Finochio), que é pego de surpresa por um tornado e jogado contra um contêiner. Em contrapartida, o filho do protagonista, o jovem Wyatt (Jared Abrahamson), sofre um acidente com uma geladeira caindo sobre suas pernas e não tem sequer uma fratura.
Além disso, o fato óbvio de que o cientista russo, Dimitri Kandinsky (Jay Brazeau), pagaria caro por ter ajudado a criar uma arma química tão perigosa mesmo sem saber, ou seja, morrendo de forma ridícula. Cheguei a pensar por um instante que o filme era de terror e não de ficção científica. Sabemos da rixa eterna entre EUA e Rússia, mas esse tipo de coisa é tão clichê que dá nos nervos. Outra morte super desnecessária, foi a da bioquímica Carolyn Gates (Michelle Harrison). Algo tão previsível que chegava a ser irritante.
O filme tinha tudo para ser bom, um bom tema a ser explorado e trabalhado, um elenco não muito conhecido, personagens bem definidos, mas com desdobramentos extremamente artificiais. A primeiro-tenente Emma Peterson (Ona Grauer) é quem lidera as equipes do governo diante dessa ameaça desconhecida. Ela namora o ex cientista da NASA, Tom Reynolds (Esai Morales), e ambos enfrentam problemas com seus respectivos filhos, Chloe (MacKenzie Porter) e Wyatt, pois eles não se dão bem. Entretanto, o que deveria ser o foco principal do filme (a super tempestade devastadora), acaba sendo o elemento que serve apenas para unir uma família diante de uma iminente catástrofe mundial. Final mais clichê não poderia existir.
É com bastante decepção que encerro essa resenha. Para uma fã de ficção científica, esse filme deixou super a desejar. Apesar de todos eles terem algum tipo de especialidade numa respectiva área e apesar de todo o protagonismo feminino, o filme não conseguiu sair do mais do mesmo. Uma pena, mas o que justifica bastante o fato de o filme ter como nota no IMDB, 3,2. Não é um dos melhores filmes, mas não sinto como se tivesse perdido meu tempo. Eu ainda torci para que no final tivesse uma reviravolta melhor, entretanto, a combinação de efeitos especiais ruins não ajudou em nada.
Nota: ⭐⭐
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