Como a grande maioria das pessoas por aí, os únicos livros que eu conhecia de Hemingway eram O Velho e o Mar e Por Quem os Sinos Dobram. E foi numa tentativa de releitura que eu acabei conhecendo O Sol Também se Levanta, enquanto eu procurava O Velho e o Mar acabei me deparando com esse livro e resolvi trazer a resenha dele para vocês.
Autor: Ernest Hemingway
Tradução: Berenice Xavier
Gênero: Romance
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 294 p.
Ano de Publicação: 2014
A história do livro narra as desilusões de um grupo de norte-americanos ricos que estão "exilados" em Paris após a Primeira Guerra Mundial. Numa busca incessante por fortes emoções, esse grupo de diferentes personalidades decide ir para a Espanha assistir ao maior espetáculo do país: a fiesta. Espetáculo composto por danças, missas, procissões e touradas.
Todos tentam de alguma forma superar o marasmo habitual de suas vidas, no entanto, essa busca por algo novo, por euforia, não é suficiente para suprir essa necessidade. Além disso, uma sofrida história de amor se desenrola entre os personagens Jake Barnes e Brett Ashley. Apesar do amor que ambos sentem, Jake é um homem frustrado, impotente e mutilado de guerra. Um touro incapaz de viver sua própria fiesta.
Vale salientar que a narrativa se passa, metade na França, metade na Espanha. São descritas com riquezas de detalhes todas as aventuras e noites de bebedeiras dos cinco amigos exilados: Bill, Robert Cohn (o judeu), Michael, Jake e Brett (a única mulher do grupo). Cada bebedeira, cada saída noturna retrata a necessidade que cada um deles tem de se libertar ou de esquecer o exílio em que estão vivendo ou quem sabe de esquecer a grande guerra.
Nesse romance pouco conhecido de Ernest Hemingway, publicado em 1926, durante o período em que ele viveu na França e conheceu a Europa, Hemingway tenta ao máximo mostrar o sentido humano e as desilusões e fracassos de cada personagem. Talvez, a característica mais marcante de Hemingway seja o desejo de retratar o mais fidedignamente o espírito humano no seu âmago. Um livro que traz histórias tristes, mas também alegres. O inevitável é sempre o inevitável. E o amor, nem sempre é tão mágico como se pinta. Um ótimo livro. Recomendo.
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐
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